quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dia Nacional da Mata Atlântica

Hoje, 27 de maio, comemora-se o Dia Nacional da Mata Atlântica. Infelizmente a notícia não é das melhores. Nos tempos dos índios, antes mesmo do “descobrimento” do Brasil, todo o litoral brasileiro, do norte ao sul, era composto desta mata originária. A região Mata Atlântica era tão vasta quanto a Floresta Amazônica, um pouco maior, também na mesma época. Agora, restam apenas vestígios em muitas regiões, totalizando menos de 8% da sua extensão nativa.

Os Estados Brasileiros que estão no topo do desmatamento são, segunda a fonte do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, divulgado ontem pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, sendo que este último Estado abriga a terceira maior reserva do país, que é o Parque Nacional da Serra do Itajaí. Que contradição. Imagina-se então, o que ainda resta da mata originária. É muito importante a criação de unidades de conservação, mas será que ainda dá tempo?

Na Bahia, há o Parque Nacional do Descobrimento, na região sul. Nesta região houve danos irreversíveis pela ação predadora, mas ainda lá há uma parte intacta da mata originária. Quando há o desmatamento e ações danosas, cuja responsabilidade é do homem, não só a vegetação se perde, mas diversas espécies de seres vivos animais vão se extinguindo. Até quando a humanidade irá colaborar com a extinção da natureza? Veja este vídeo, que se estende a vários outros sobre este tema.

Em Simões Filho, mais precisamente dentro do verde bem cuidado da Fundação Comunitária Terra Mirim (FTM - BA 093, km 7), a Sharimar elabora produtos cosméticos naturais, orgânicos e responsáveis com ervas colhidas numa área de preservação ambiental da Mata Atlântica. O que faz a micro empresa: criada a partir de estudos xamânicos, de pesquisas sobre o efeito curativo das ervas, a Sharimar cultiva as plantas com muito cuidado, numa relação de respeito, e no tempo certo do ciclo, há a colheita. Quem participa de toda esta ação são ervateiras, mulheres da comunidade do Oiteiro, sob responsabilidade de coordenadoras da Fundação Terra Mirim. Tudo isto é uma tentativa de preservar não só a mata originária, mas a sabedoria popular de utilização e plantio destas ervas, e seu uso para equilibrar a saúde.

A Linha Bastiana, fruto da parceria da Sharimar com a Fundação Terra Mirim e projeto com apoio do SEBRAE, que envolve as bases da sustentabilidade e do comércio justo e solidário, traduz-se em produtos variados feitos exclusivamente com as plantas originárias desta mata. Saiba mais, conheça esta iniciativa aqui no blog Bastiana ou no blog da Sharimar.

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